Amigos da Consolata realizam 2º encontro em Santa Catarina

Cleidir Eissmann e Jaime C. Patias

A cidade de Rio do Oeste, no Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina, acolheu no dia 20 de maio de 2012, o 2º encontro dos ex-alunos e ex-seminaristas do antigo Seminário "São Francisco Xavier" e "Ginásio Allamano", conhecidos como "Amigos da Consolata". Na casa onde funciona hoje o Centro Diocesano de Formação, entre os anos 1940 e 1989, estudaram centenas de jovens e adolescentes. O 1º encontro aconteceu em março de 2011.

Acesse o Blog Amigos da Consolata, Rio do Oeste, SC.

Segundo os organizadores, o objetivo principal do evento foi reencontrar os amigos para um momento de celebração, recordação e agradecimento por tudo o que os missionários da Consolata fizeram a estes jovens e ao povo de Rio do Oeste, cidade que no dia 12 de maio completou 100 anos de história. O encontro contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas entre alunos e familiares vindos de todos os cantos de Santa Catarina, bem como de outros estados. Faixas colocadas ao longo da via na subida que leva ao Santuário de Nossa Senhora Consolata davam as boas vindas. Alguns chegaram ainda no sábado e aproveitaram o tempo para matar a saudade do local onde passaram parte de suas vidas.

Padre Moisés Facchini, Vice-Superior Regional e padre Jaime C. Patias, diretor da revista Missões, representaram o Instituto Missões Consolata - IMC. No sábado, véspera do encontro, padre Jaime celebrou a missa no Santuário da Consolata (Igreja Matriz) enfatizando a importância da comunicação na missão, que busca levar e comunicar Jesus a todos os povos.

O encontro foi aberto pelo presidente da Comissão Organizadora, Silvio Kafka, de Rio do Oeste e contou com a presença do prefeito da cidade e também ex-aluno, Odenir Felizari. O prefeito fez questão de lembrar a importância que os missionários da Consolata tiveram na colonização do município. Revelou a proposta de tornar o dia 20 de junho, festa da Consolata, feriado na cidade. Em seu depoimento o professor Luiz Paterno destacou fatos e pessoas que marcaram a história do Seminário, da Igreja e do município. O empresário João Stramosk recordou que os valores trazidos de casa foram lapidados graças ao Seminário. "Tudo o que tenho e sou, devo a esta casa, por isso me sinto grato a Deus".

Na sequência, padre Moisési deu seu testemunho de vivência na Missão da Tanzânia. Ao falar do trabalho de evangelização nas comunidades e educação das crianças naquele país sublinhou a relação entre fé e cultura na missão. "Enfrentamos os desafios da evangelização numa cultura diferente da nossa. Diante de alguns fatos nos perguntamos até que ponto a fé consegue transformar o ambiente. O Evangelho está sempre no começo e para ser eficiente deve entrar na cultura", destacou. Padre Jaime fez um breve histórico sobre a Congregação no Brasil e no mundo, trazendo também dados estatísticos atuais. Falou ainda sobre o trabalho realizado junto à revista Missões e aos Leigos Missionários da Consolata. "No Instituto há lugar para todos: padres, irmãos religiosos, LMC e amigos. Seguimos alimentando o sonho do Fundador, o Bem-aventurado José Allamano".

Momento marcante do dia foi a Eucaristia celebrada na Capela do Seminário pelos padres Moisés Facchini, Jaime C. Patias, Cácio Rozza e Genésio Sevegnani. A liturgia preparada pelos próprios ex-alunos emocionou no momento em que todos entoaram o hino "Ó Consolata".

Para dom José Jovêncio Balestieri, bispo emérito de Rio do Sul, que coordenou a restauração do edifício, transformado em Centro de Diocesano de Formação, encontros como estes são importantes para a Igreja, "pois as pessoas voltam ao lugar onde receberam uma formação intelectual, humana e cristã. Esses valores evangélicos refletem nas comunidades e se alguns esqueceram algo, ao retornar a esse ambiente reacendem aquela chama para a vida". Frei Camilo Frigo, atual pároco na cidade, disse que o povo rezou e vibrou com o evento. "Percebemos que todos os valores deixados pelos missionários ainda estão muito presentes nas comunidades e na sociedade. Mesmo que nem todos se tornaram padres, o importante é sermos testemunhas do Senhor. E como dizia Allamano, sermos sempre fervorosos na nossa missão".

Segundo Eldi Badziack, administrador de empresas de Rio do Sul, SC, "rever muitos amigos, professores e padres foi uma bênção de Deus. Esta foi uma extensão da nossa casa onde a Mãe Consolata acolheu e a educação serviu de alicerce para a vida de cada um". Muitas foram as memórias positivas. O prefeito de Taió, SC, Ademar Dalfovo recordou como as comunidades do interior ajudavam na manutenção do Seminário e da casa de formação das irmãs missionárias com a produção da roça. "Temos de reconhecer a generosidade do povo de Rio do Oeste". Gilson Stringari, de Massaranduba, SC, destacou a qualidade dos estudos e a disciplina. Para Dilvair Knieess, o mais importante foi receber uma formação como cidadão. "Isso nos tornou homens felizes e nos fez tomar um rumo correto na vida".

No encerramento dos trabalhos foram sorteados vários brindes, ficando definida para a segunda quinzena de maio de 2013 a realização do 3º encontro. Durante os 58 anos de presença pastoral em Rio do Oeste, os missionários da Consolata formaram 38 padres, quatro irmãos e um bispo. Entre 1940 e 1998, trabalharam no município cerca de 50 padres e seis irmãos religiosos. As irmãs missionárias da Consolata também marcaram presença ativa em várias obras na cidade.

Fonte: Revista Missões

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