CEBs, um jeito novo de ser sociedade

Karla Maria, em Porto Velho

Os encontros intereclesiais possibilitam aos delegados experiências já perdidas na sociedade contemporânea, como a partilha cotidiana de sentimentos, de reflexões, do cansaço, do abraço e do alimento. Essa partilha, dentro do Intereclesial, acontece nas filas do almoço, na saudação de paz e no caminhar até a missão.

O Intereclesial possui uma dinâmica na qual os grandes momentos de encontro acontecem no "Porto", o SESI. Ali são realizadas as plenárias, celebrações e análises de conjuntura que irão nortear e subsidiar os trabalhos realizados em espaços e grupos menores, chamados pedagogicamente de rios (12) e canoas (144).

Na hora de partir, do Porto até o Rio ou às comunidades que hospedam os delegados, ouve-se ao longe a voz de um jovem: "ônibus cinco, por aqui". Uma fileira de chapéus se forma, chapéus de todas os estilos e cores (o chapéu é adotado como símbolo para identificar os 17 regionais).

"Boa tarde, como foi o seu dia?", pergunta outra jovem simpática dentro do ônibus que levará os delegados até a comunidade que os recebeu. O sorriso e a alegria, o carinho e a atenção, são qualidades da juventude de Porto Velho, que abriu mão das férias escolares para acolher as CEBs de todo o Brasil.

A partilha da vida acontece nos cerca de 70 ônibus que fazem o transporte dos delegados. A cidade mais distante que acolhe os delegados é Candeias do Jamari, à 20km de Porto Velho. São portanto, aproximadamente 30 minutos de tempo livre, o suficiente para encontrar no outro o acolhimento e o mesmo sonho obstinado de defender a ecologia e a vida.

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