Representante da ONU chega ao Brasil para investigar genocídio indígena e de negros

Subsecretária-geral Alice Wairimu Nderitu irá visitar aldeias indígenas e quilombos, além de se reunir com autoridades brasileiras.

Por Ninja*

A Organização das Nações Unidas (ONU) está preocupada com a violência que afeta os povos indígenas e a comunidade afro-brasileira no Brasil. Para isso, a conselheira especial do secretário-geral para a prevenção de genocídio, Alice Wairimu Nderitu, chegou nesta terça-feira (2) ao país, em uma missão que se estende até o dia 12 de maio.

Já em 2021, durante o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PL), a conselheira manifestou preocupação com a situação dos povos indígenas no Brasil. Segundo o relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), no ano passado foram registrados 176 assassinatos de indígenas no país. Além disso, a Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (Apib) denunciou o governo brasileiro por genocídio.

Outro levantamento, realizado pela Comissão Pastoral da Terra, mostrou que, em 2021, houve 47 mortes em conflitos no campo, sendo 18 delas de indígenas.

Para o ex-secretário executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Abrão, a visita é uma oportunidade para a conselheira ouvir movimentos sociais e se aproximar da realidade brasileira. O objetivo principal da visita é coletar informações sobre a situação atual.

*Com informações da Agência Brasil

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