Viagem do Papa Francisco ao Congo e Sudão do Sul

Acompanhado pelo arcebispo de Cantuária e do moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Francisco encerra 40ª viagem.

Por Silvonei José

O Papa Francisco já se encontra em Roma. O avião papal deixou o Sudão do Sul às 11h56, (hora local) do domingo, 5 de fevereiro, e tocou terra italiana por volta das 16h49, hora local, aterrissando no aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, Roma-Fiumicino. Conclui-se assim a 40ª Viagem Apostólica Internacional de Francisco.

papa-africa-5No momento da despedida no aeroporto Internacional de Juba, Francisco esteve acompanhado pelo arcebispo de Cantuária Justin Welby, e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields, acolhidos pelo presidente da República Salva Kiir Mayardit. O Papa se deteve por alguns momentos com o presidente do Sudão do Sul. Após a saudação das delegações e a guarda de honra Francisco subiu a bordo do avião a ITA Airways que o trouxe a Roma. Justin Welby e Iain Greenshields também viajaram com o papa. Como previsto, realizou-se a coletiva de imprensa durante o voo, desta vez com a participação de Welby e Iain.

Encerra-se assim a intensa programação do Papa no Sudão do Sul, que teve início na última sexta-feira, em continuação à visita à República Democrática do Congo, no âmbito da 40ª Viagem Apostólica internacional que teve início no dia 31 de janeiro.

O lema da visita ao Sudão do Sul foi “Para que todos sejam um”, extraído do Evangelho de João, capítulo 17. A esperança vivida nestes dias em terras sul-sudanesas com a presença dos três líderes religiosos era de ajudar a selar definitivamente o acordo de paz no país, nascido oficialmente em 9 de julho de 2011, após a separação do Sudão.

De fato, a presença dos três líderes religiosos foi uma expressão muito significativa do ecumenismo, um ecumenismo de testemunho, afirmou antes da viagem o cardeal secretário Pietro Parolin, observando que “as Igrejas cristãs trabalham a serviço de toda a população, onde muito frequentemente o Estado e às vezes até mesmo as agências internacionais não conseguem chegar. Portanto, elas gozam de confiança e autoridade entre a população e isto lhes permitiu desempenhar um papel significativo no complexo diálogo internacional”.

O Sudão do Sul vem sendo marcado pela violência desde sua independência. Recordamos que na véspera da chegada do Papa, 27 pessoas foram mortas no Estado da Equatoria Central, no confronto entre pastores de gado e membros de uma milícia.

Esperança
Nas suas palavras conclusivas na Santa Missa na manhã de domingo no Mausoléu de “John Garang o Papa disse ao povo do Sudão do Sul que palavra que ele gostaria de deixar para cada um é “esperança”, como um presente a ser compartilhado, como uma semente que dá frutos. “Como nos recorda a figura de Santa Josefina, a esperança, especialmente aqui, está no signo da mulher e eu gostaria de agradecer e abençoar de maneira especial a todas as mulheres do país”.

E há outra palavra que Francisco quis deixar para o Sudão do Sul é paz. Paz que marcou estes dias e que “desejo com todas as minhas forças” também para os dias que virão e aos quais não lhe faltará o seu apoio junto com o dos líderes religiosos – o arcebispo anglicano Welby e o pastor Iain – que o acompanharam nesta viagem.

Fonte: Vatican News

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