EUA e México anunciam plano conjunto para conter migrantes venezuelanos

Na semana passada, em meio a uma acentuada crise migratória na fronteira entre o México e os Estados Unidos, os dois governos assinaram um plano para conter parte do fluxo, ao mirar apenas os cidadãos venezuelanos.

Por O São Paulo

Com o novo programa, os Estados Unidos passaram a enviar para o México parte dos venezuelanos que cruzam a fronteira de forma irregular, por meio do chamado Título 42, medida controversa adotada na administração de Donald Trump que permite a deportação rápida de migrantes sob a justificativa de medidas sanitárias para conter a COVID-19, sem lhes conceder a possibilidade do pedido de refúgio, o que configura a violação de um direito internacionalmente reconhecido.

Instituições católicas que trabalham com imigrantes se mobilizaram para ajudar os venezuelanos que estão chegando ao território mexicano, como o Serviço Jesuíta de Migração e o Serviço Jesuíta para Refugiados, juntamente com o Hope Border Institute.

O Washington Office on Latin America, uma entidade que luta pelos direitos humanos, divulgou que 153.905 venezuelanos foram detidos na fronteira sudoeste dos Estados Unidos entre outubro de 2021 e agosto de 2022.

Segundo a Organização das Nações Unidas, 6,8 milhões de venezuelanos fugiram do país sul-americano na última década, com o colapso da economia e a erosão das liberdades políticas. A maioria dos migrantes se mudou para outros países da América do Sul, mas começaram a se dirigir para o norte à medida que as boas-vindas se esgotam nos países vizinhos.

Fontes: Catholic News Services e Vatican News

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