2,5 milhões de fiéis participam do Círio de Nazaré

Por O São Paulo
Foto: Fundação Nazaré de Comunicação

As ruas de Belém, capital do Pará, foram tomadas por uma multidão de fiéis de todo o Brasil, no domingo, 9, no Círio de Nazaré, que não ocorreu em 2020 e em 2021 em razão da pandemia de COVID-19.

Após a missa presidida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, na Catedral de Belém, cerca de 2,5 milhões de pessoas participaram da procissão com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré.

Foram mais de cinco horas de procissão até a praça do Santuário, onde ocorreu a missa de encerramento, presidida por Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém.

O tema desta 230a edição do Círio foi “Maria, Mãe e Mestra”, que convida a refletir sobre os ensinamentos de Maria para a evangelização.

O Círio 2022 começou no dia 3 e prossegue até o dia 24 deste mês, quando ocorrerá a subida da imagem original para a basílica e a missa do Recírio, na praça do Santuário.

HISTÓRICO DE FÉ

A devoção da Nossa Senhora de Nazaré remonta ao ano de 1700, quando o caboclo Plácido encontrou às margens do igarapé Murutucú (atual Basílica de Nazaré), uma pequena imagem de Nazaré. Plácido levou a imagem para a sua casa, e no outro dia, quando foi verificar já não estava mais lá. O caboclo correu ao local onde foi encontrada novamente. Situação que ocorreu por diversas vezes. Por essas ocasiões, Plácido construiu uma capela para Nossa Senhora. A visita de devotos à capela tornou-se constante. No ano de 1792, o Vaticano autorizou a realização da procissão em homenagem à Virgem de Nazaré. Sendo o primeiro Círio realizado no dia 8 de setembro de 1793.

Já a tradicional corda do Círio remonta ao ano de 1885, quando, na procissão, a baía do Guajará havia transbordado, e a berlinda, na época, puxada por bois, não conseguiu avançar por causa do atoleiro. Então, os féis tiveram a ideia de puxar a berlinda com uma corda. A partir desse ano seguiu-se a tradição de conduzir a berlinda com a corda, símbolo de fé. E hoje, devotos pagam promessas por graças alcançadas.

Para segurança dos romeiros, desde 2004, a corda passou a ser dividida em cinco estações, em formato linear, utilizado nos dois dias, Trasladação (sábado) e Procissão do Círio (domingo).

Outro símbolo de fé tradicional no Círio são os objetos de promessas. O objeto de promessa é uma forma de agradecer a graça recebida pela intercessão de Nossa Senhora. Entre os principais, estão objetos de cera, que representam parte do corpo, miniatura de casas ou barcos e entre outros. Os ex-votos são depositados nos carros de milagres, estes, incorporados no Círio ao longo da história. Assim como os carros dos anjos, onde crianças vestidas de anjos acompanham a procissão Círio.

Fontes: Arquidiocese de Belém e G1

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