Desigualdade extrema cresce em simultâneo com a riqueza extrema

Sessenta e três por cento de toda a nova riqueza criada desde 2020 beneficiou apenas um por cento da população mundial, conforme relatório da organização humanitária Oxfam, divulgado durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.

Durante os dois anos da pandemia, um por cento da população mais rica viu o valor de seus ativos aumentar em 26 trilhões de dólares, capturando 63 por cento do aumento total da riqueza líquida global, conforme o novo relatório da Oxfam, intitulado "Sobrevivência dos mais ricos", publicado no contexto do Fórum Econômico Mundial que ocorre em Davos, Suíça, até o próximo sábado, 20 de janeiro, após ter iniciado na terça-feira, 16.

O relatório destaca que os multimilionários aumentam diariamente suas fortunas em 2.700 milhões de dólares (2.500 milhões de euros). Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo, é citado como exemplo, alegando ter pago uma "verdadeira taxa de imposto" de cerca de três por cento entre 2014 e 2018, enquanto Aber Christine, um vendedor de farinha no Uganda, que ganha 80 dólares por mês (74 euros), paga uma taxa de imposto de 40 por cento.

Uma análise da Fight Inequality Alliance, Institute for Policy Studies, Oxfam e the Patriotic Millionaires sugere que um imposto anual sobre a riqueza de até cinco por cento sobre bilionários e multimilionários em todo o mundo poderia arrecadar anualmente 1,7 trilhões de dólares (1,57 trilhões de euros). De acordo com as estimativas das entidades, essa receita seria suficiente para retirar dois bilhões de pessoas da pobreza e implementar um plano de dez anos para acabar com a fome.

Fonte: Fátima Missionária

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