Aurora eterna

O sol bendito não é uma alegoria, e sim real, convidando-nos como um dom para o despertar de cada manhã.

Por Geovane Saraiva*

Com o final de cada noite e o despontar da aurora no nosso querido bairro, a Parquelândia, deparamo-nos quase sempre com aquilo que há de mais belo, edificante e sublime: o nascimento do Sol. Além de externar a providencial bondade de Deus, entra em cheio – e com toda a sua luminosidade –, na nossa Igreja de Santo Afonso, sendo possível experimentá-lo, de um modo mais evidente, em clima de oração pela manhã, atualmente por ocasião da pandemia da Covid-19.

coronavírus_brasileiros_exteriorO sol bendito não é uma alegoria, e sim real, convidando-nos como um dom para o despertar de cada manhã. Tenha a certeza, caríssimo irmão, caríssima irmã, sempre e cada vez mais, de que esse despertar é um revelador – ou claro precursor –, a partir deste templo sagrado, do que Deus tem algo a lhe dizer, no sentido de acolher o Sol da verdade, da justiça, da paz e da solidariedade: o Filho de Deus. Ele não carrega consigo a aurora, não nasce e muito menos se põe. Ele consiste em ser um amor inesgotável, a eternidade, que nunca é demais!

Hora preciosa

Aurora quer significar momento esplêndido, ou hora preciosa, fecunda e cheia de graça, ou encanto, nos sinais de esperança, e acentos de felicidade. Depois da celebração de Nossa Senhora do Carmo, no dia 16 de julho de 2020 – em que homenageamos Maria –, que, numa alegoria muito elevada e mais do que digna, é consolo e esperança, é aurora da Igreja e nela um povo de Deus anda esperançoso a caminho da eternidade. Ela, conforme suas próprias palavras, eleva os humildes, sacia de bens os famintos e despede os ricos de mãos vazias. Como aurora e esplendor da Igreja, com muitas coisas, nos fala, em tempo de pandemia, que sejamos comprometidos, sim, com Deus no seu projeto de amor, querendo dar um basta ao indiferentismo, ou ao neutralismo, na busca da verdadeira aurora.

Daqui da Parquelândia, na contemplação do eterno Sol, que Deus nos dê a graça de dizer um não à nossa pouca sensibilidade diante da fé, sem jamais perder de vista sua aurora eterna. Supliquemos, pois, à luz da tolerância, do respeito e da valorização das pessoas, e também na compreensão das diferenças, no vasto campo do mundo, no qual estamos inseridos: Ó Senhor, dai-nos a graça do crescimento na sua eterna e afável compaixão, no esforço de sermos mais indulgentes, clementes e pacientes. Assim seja!

*Geovane Saraiva é pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).

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