Missa solene de abertura do "Ano Allamano"

Carlos Roberto Marques e Rosa Clara Franzoi

Para abertura do "Ano Allamano" foi programada uma celebração solene, preparada pelos padres, irmãs e LMC e efetivada no dia 16 de fevereiro na Comunidade São Marcos, paróquia Nossa Senhora da Penha. Presidiu a celebração o bispo auxiliar de São Paulo e responsável pela Região Episcopal Santana, Dom Sergio de Deus Borges.

A acolhida dos grupos, provenientes de vários lugares do Brasil onde a Consolata trabalhou ou está trabalhando, começou meia hora antes da missa.

A função de comentarista ficou ao cargo da Irmã Anair, superiora das missionárias da Consolata que deu as boas vindas a todas as 600 pessoas que lotaram a igreja. Na introdução à celebração, irmã Anair citou uma frase importante do Beato José Allamano: "viver o tempo mais belo da vida", que ele costumava repetir falando da Celebração Eucarística. Essa expressão serviu de inspiração para iniciar a missa. Frisou que todos ali estavam para louvar e agradecer a Deus pela vida e carisma do Bem-aventurado José Allamano, lembrando os 88 anos transcorridos desde que, em 16 de fevereiro de 1926, "ele nasceu para o céu". Destacou, também, que aquela celebração seria "apenas o início público de um ano na sua escola de santidade - Ano Allamaniano - promulgado pelos superiores gerais de toda a Família Consolata no ano passado.

Na frente da procissão de entrada estavam os ícones da Consolata e do Allamano e uma relíquia do Fundador, seguidos das bandeiras dos Estados da Federação em que os institutos atuam. Logo após, foram conduzidos 73 cartazes com os nomes das cidades brasileiras por onde passaram ou ainda estão os missionários da Consolata. Por fim, os vários padres concelebrantes, um diácono e Dom Sérgio de Deus Borges, bispo auxiliar da Região Episcopal Santana, que presidiu à celebração.

Após o canto de entrada, antes do bispo dar início à celebração, Padre Luiz Emer deu as boas vindas a dom Sergio e a todo o povo, apresentando nominalmente os 11 missionários presentes.
A animação musical da celebração ficou a cargo do grupo da comunidade de São Marcos que fez uma boa escolha para que todo o povo pudesse cantar junto.

A liturgia da palavra teve uma peculiaridade interessante e significativa. Depois das leituras, extraídas de Isaías e da Carta de Paulo aos Coríntios e da abertura da proclamação do evangelho feita pelo diácono, um grupo de 12 jovens entrou e se colocou diante do altar. Atrás deles chegou alguém vestido de branco, simbolizando Jesus que proclamou o texto do evangelho decorado, enquanto os 12 se mantinham olhando para ele, sentados no chão.

A homilia de dom Sérgio

Em sua homilia, Dom Sérgio destacou a presença dos missionários e missionárias em várias localidades. Do Evangelho, a respeito do mandado de Jesus, "Ide pelo mundo inteiro...", lembrou que ele está confirmado pelo Concílio Vaticano II. Que essa missão Jesus confiou a todos os homens e mulheres, confiou a nós, os menores de todos os santos e santas; que Jesus quis servir-se de nós, dando-nos a graça de anunciar a Boa Nova. Jesus deu a seus apóstolos uma ordem firme: deveis ir por todo o mundo, porque todos são merecedores da graça e da salvação, sem excluir ninguém! No livro do Gênesis, os quatro braços de um rio representam os quatro cantos da Terra. Por algum tempo, essa missão não foi assimilada pela Igreja, até que esta redescobriu sua dimensão missionária. Allamano foi um desses homens que a despertou para isso. Lembrou o bispo que o Bem-aventurado João Paulo II reconheceu em Allamano um servo fiel. Para ser fiel, segundo o bispo, temos que seguir nossa vocação. Que a vocação missionária nasce da paixão por Jesus, e que Allamano animava aqueles que demonstravam vocação missionária. Finalizando, Dom Sérgio agradeceu, em nome da Igreja, a presença e o trabalho dos missionários e das missionárias da Consolata, mencionando nominalmente seus superiores, Padre Luiz Emer e Irmã Anair. Completando, afirmou: "nós já aqui participamos do céu e preparamos nosso caminho para o céu. O missionário vem confirmar a presença de Deus entre nós". E termina convidando a todos para que sigam o exemplo de Allamano, assumindo juntos a dimensão missionária, pois, com isso, estaríamos difundindo a presença de Deus, como se estivéssemos oferecendo um antídoto para todo o mal social que hoje presenciamos. "Temos que proclamar o que vimos e ouvimos", lembrou. E referindo-se ao Papa Francisco: "temos que sair..."

Terminada a comunhão, um grupo de crianças do Colégio Consolata e de várias paróquias trouxeram flores, louvando a Deus pela presença missionária dos Institutos desde 1937, uma homenagem à Consolata e ao Allamano, com melodias tocadas pela Banda do Colégio Consolata. Em seguida, uma criança entoou um canto a Nossa Senhora.

Em seguida, a Infância Missionária da comunidade Nossa Senhora Aparecida, marcou também sua presença, convidada a dar seu grito de guerra, um viva à Infância Missionária.

Logo a seguir, dom Sérgio benzeu os Ícones do Allamano, os grandes que vão ficar um ano em cada grupo regional e os pequenos que vão peregrinar pelas pequenas comunidades ou grupos de famílias.
Bênção e distribuição das capelinhas que peregrinarão pelas comunidades, pelos lares e famílias, enquanto se entoava a hino ao Allamano.

Como homenagem ao Fundador e à Consolata, jovens do Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida apresentaram o "rap" do Bem-aventurado Allamano, traduzido do italiano pela irmã Melânia e adaptado por Valdeyr dos Santos e o pelo grupo JMC Aparecida. Em seguida a Banda do Colégio Consolata tocou duas músicas em homenagem ao Allamano.

O grupo de peregrinos maior veio de São Manuel, onde os missionários da Consolata começaram sua missão na América Latina em 1937, um pequeno grupo de missionários liderados pelo padre Bísio. O prefeito da cidade quis acompanhar o grupo e a ele foi dada a oportunidade de falar para a assembleia. Agradeceu calorosamente o grande contributo que os missionários deram aquela cidade e a ele foi entregue o primeiro ícone peregrino.
Como a Família Consolata é pluricontinental, o grupos de oito seminaristas também teve a oportunidade de homenagear o Allamano em língua africana, suahili.

Depois da bênção final os ícones foram entregues às comunidades e grande parte da assembleia se deslocou para visitar a miniexpo allamaniana preparada pelas Irmãs e para o almoço em dois salões da comunidade de São Marcos.

Fonte: Revista Missões

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