Como igreja sentimos despertar em nós a chama viva da nossa esperança, que é Cristo Jesus a confiança que nos move rumo ao céu e também nos ensina como família a construir nos pequenos essa relação de confiança e fraternidade.
Por Camila Peçanha
A Igreja Católica Apostólica Romana peregrina nesse mundo a cada 25 anos promove um jubileu, um ano Santo, um tempo de reconciliação, aproximação e também de peregrinação como forma de reforçar os laços de fé que nos une, buscando a graça de Deus sobre nós.
Somos chamados a intensificar as atitudes que nos fazem verdadeiros cristãos: os atos de misericórdia e reconciliação com Deus e com os nossos irmãos.
Como igreja sentimos despertar em nós a chama viva da nossa esperança, que é Cristo Jesus a confiança que nos move rumo ao céu e também nos ensina como família a construir nos pequenos essa relação de confiança e fraternidade; nos lembra da importância de promover o bem comum e a convivermos com nossos irmãos e irmãs de forma respeitosa e próxima, como o Senhor mesmo nos ensinou, estando sempre perto daqueles que a sociedade da época queria distância: os marginalizados, os esquecidos, pecadores e de quem mais precisava de respeito e carinho, necessitava ser visto, ouvido e tocado pelo amor da palavra que acolhe e motiva.
Devemos ser canal de graça na vida de quem se aproximar de nós e sermos um bom exemplo, começando em nossa igreja doméstica, tornando-a um lugar de paz nesse mundo tão carente de luz, irradiando a chama que vem do próprio Cristo, que ilumina e ao mesmo tempo aquece, cultivando assim a esperança e a confiança, que talvez seja um dos grandes desafios para nós.
A modernidade nos exige tanta resposta rápida, tanta pressa, tanta informação nos invade que precisamos ter paciência e olhar com mais calma para os momentos que mais importam.
Nos reconectar com Deus e com o próximo é também um processo de aproveitar o tempo.
Ter paciência e estar atento as relações de fraternidade e amor são formas de ressignificar nosso contato com o que Deus quer nos mostrar.
A família é nossa primeira comunidade, nossa primeira relação social, por isso a importância de existir nela o diálogo, a construção do saber, o respeito e tudo isso faz a diferença em nossa relação com o mundo.
Em uma família aberta ao diálogo, existe cuidado com o outro, existe paciência e real fraternidade.
Que possamos ensinar as crianças e aos nossos jovens que há muito mais nas relações reais que nas virtuais, que o tempo que se passa junto é tempo vivido e nunca perdido.
Sejamos a esperança, a fraternidade e a paz em tempos que o mundo vê guerras e destruição de direitos básicos.
Que tenhamos empatia com as dores das nossas irmãs e dos nossos irmãos para sermos um só povo como Deus deseja e, mesmo começando pequeno, em nossa casa, em nossa comunidade paroquial, que nossa semente dê frutos e faça o mundo mudar.
Paz e bem!
Camila Peçanha dos Santos Leite, Psicóloga e Catequista - Paroquia N S da Penha – Morro do Coco – Diocese de Campos.