Mês de graça na diocese de Roraima

Diocese tem novo bispo: dom Mário Antônio da Silva, que assessora formação sobre a Exortação Amoris Laetitia.

Por Stephen Ngari

No mês de setembro, mês da Bíblia, neste ano jubilar da misericórdia, a diocese de Roraima experimentou dois momentos de graça. No dia 18 às 17h na Catedral Cristo Redentor, o novo bispo da diocese, dom Mário Antônio da Silva tomou posse na presença de 13 bispos do regional Norte da CNBB e um da diocese de Santa Helena, Venezuela, dezenas de padres e milhares de fiéis. A celebração começou com o arcebispo metropolitano da arquidiocese de Manaus, Sérgio Castriani na presidência, mas logo depois da cerimônia de posse no início da celebração, o novo bispo assumiu a presidência.

As várias manifestações das culturas dos habitantes da diocese estavam presentes na celebração. Entretanto, destacou-se a participação dos povos indígenas. A segunda leitura foi lida em Macuxi e o evangelho foi proclamado na língua Wapichana e logo depois em português. O povo durante a cerimônia da posse entregou uma coca e um feixe de varinha, que significa união da liderança indígena para o novo bispo e lembranças aos outros bispos e clero.

roraima1menorO segundo evento foi a formação sobre a Exortação Apostólica pós-sinodal do papa Francisco, Amoris Laetitia, sobre o amor na família, que aconteceu nos dias 27, 28 e 29. A formação foi assessorada pelo bispo da diocese, Dom Mario Antônio da Silva e contou com a participação de religiosos, religiosas, diáconos, padres e leigos coordenadores de pastorais da diocese. A formação fazia parte do programa anual da diocese, mas foi um momento oportuno para o novo bispo se encontrar com os agentes pastorais.

Na sua exposição, dom Mário destacou a novidade do documento e prática da misericórdia enquanto se lida com situações diferentes da vida familiar. O papa no documento eleva a prática missionária do sacramento do matrimônio em nível da consciência. O documento não tem e não tinha intenção de revolucionar as doutrinas e normas sobre casamento e vida familiar mas uma aproximação pastoral às famílias.

O lema do documento segundo o bispo de Roraima resume-se em, “Trata-se de integrar a todos”. A Igreja é de 100 ovelhas, não somente as 99. Neste caso há uma urgência de sair em busca dessas famílias que por muito tempo foram deixadas na periferia. A Igreja precisa se aproximar das famílias especialmente as mais necessitadas.

O bispo também convidou a todos para participar ativamente nos estudo e na implementação do documento, começando com o que o papa chama de leitura profunda e paciente parte por parte, evitando uma leitura apressada (AL, n.7). Como compromisso, a diocese de Roraima decidiu fortalecer a pastoral familiar onde já existe e institui-la nas áreas e paróquias onde ainda não foi constituída. A pastoral familiar será considerada como uma pastoral transversal, presente e ativa nas outras pastorais, grupos e movimentos presentes na diocese.

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