Allamano e Ir. Irene: festa dos Bem-aventurados na Colômbia

Missionários, missionárias, leigos e amigos da Consolata celebraram em Bogotá, Colômbia, uma linda festa pelos 25 anos de beatificação do fundador, José Allamano e por Ir. Irene Stefani, cuja liturgia é celebrada no dia 31 de outubro.

Por Júlio Cesar Caldeira

A Casa de Espiritualidade das missionárias da Consolata em Bogotá, Colômbia, acolheu no dia 31 de outubro, a Família Consolata (missionários, missionárias, leigos e amigos) para a celebração da festa litúrgica da Bem-aventurada Irene Stefani e pelos 25 anos de beatificação de José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata.

festairirene1 Irene Stefani nasceu em Anfo, província de Brescia, Itália, em 22 de agosto de 1891 e era a quinta filha do casal Giovanni Stefani e Annunciata Massari. Foi uma das primeiras jovens que entraram na comunidade das missionárias da Consolata, fundada por Allamano em Turim, aos 29 de janeiro de 1910. Seu programa de vida está sintetizado em poucas palavras: "só Jesus! Tudo com Jesus, toda de Jesus. Tudo para Jesus. Nada para mim!" Em 1914 parte para o Quênia, onde vive a caridade até o heroísmo, prestando serviços como enfermeira, acompanhando muitos doentes com cuidados e afeto até o momento da morte. Foi uma evangelizadora fervorosa e intrépida, dedicada a testemunhar o amor sem distinção de credo religioso ou raça. Também se dedicou à educação e a visitar as famílias com gestos concretos de solidariedade. Ofereceu sua vida pela missão, onde morreu no dia 31 de outubro de 1930, aos 39 anos de idade. É lembrada no Quênia com carinho, onde é chamada de “Nyaatha”, que quer dizer "mãe toda amor e misericórdia". Foi beatificada em Nyeri, Quênia no dia 23 de maio deste ano.

Durante o encontro do dia 31 de outubro, o padre Venanzio Mwangi, missionário da Consolata nascido na região onde Ir. Irene trabalhou e que esteve presente na sua beatificação, compartilhou os sentimentos do povo de Nyeri e de todo o país acerca da figura da Bem-aventurada Ir. Irene Stefani. Afirmou que ela inspira em nosso trabalho missionário quatro virtudes: 1) o espírito de fé: tudo para Jesus, nada para mim! deixando-nos o desafio de chegar ao coração do povo que acompanhamos. 2) o espírito de caridade: brota do coração puro, que nos faz sentir em casa onde vivemos e nos faz encontrar e sentir a Deus sempre presente. 3) o Espírito de sacrifício: a missão exige austeridade, simbolizada nas botas do caminhante (como identificam Ir. Irene) e na sua dedicação ao povo do Quênia, mesmo nas grandes dificuldades. 4) o Espírito de humildade: desde o trabalho manual, a atenção às pessoas e entre elas, Irene nos ensina a estar sempre com as pessoas.

Durante a celebração eucarística, monsenhor Luis Augusto Castro, missionário da Consolata e arcebispo de Tunja, nos recordou que temos muito a aprender dos dois Bem-aventurados (Allamano e Ir. Irene). De José Allamano aprendemos a honrar os santos por sua santidade, rezar para que sejam bons intercessores perante Deus e imitá-los, pois eles são nossos modelos. "Muito importante é colocar em destaque neste Ano da Vida Religiosa o fundador, especialmente seu carisma, isto é, este aspecto do Evangelho que o marcou, que viveu com intensidade e cujo espírito passou para nós", pois "José Allamano é um modelo que nos pode conduzir à santidade e à missão", afirmou monsenhor Castro.

Acerca da figura da Bem-aventurada Ir. Irene, ele nos fez refletir que ao viver o carisma de José Allamano com fidelidade, com paixão e com amor, ela chegou à santidade. Ela põe um selo de autenticidade ao carisma do Fundador. Mons. Castro recordou que em 8 de dezembro começará para a Igreja o Ano da Misericórdia, e uma característica da vida de Ir. Irene foi a misericórdia, pois ela tratava a todos com muito amor e ternura. Concluiu a homilia convidando-nos "ante estes dois Bem-aventurados, gigantes na santidade, a renovar nossa própria entrega missionária e a dar graças por nossa vocação missionária Ad Gentes, pois em verdade, o Senhor tem estado sempre conosco e estamos alegres".

Fonte: Revista Missões

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