Cimi lança relatório sobre violência contra os Povos Indígenas

Dados são de 2020 e refletem a realidade dos povos durante o segundo ano do governo de Bolsonaro.

Por Cimi

Em evento on-line, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) realizou o lançamento do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2020, nesta quinta-feira, 28/10. Para evitar aglomerações, o evento foi realizado em formato on-line, com transmissão pelos canais e redes do Cimi e de organizações parceiras da causa indígena.

relatoriopovosindigenas1Dividido em três capítulos principais, organizados em 19 categorias, o levantamento realizado pelo Cimi traz um retrato significativo das diversas formas de violências praticadas contra os povos indígenas em todo o país. A publicação sistematiza informações relacionadas a violações contra seus direitos territoriais, como invasões das terras indígenas; a violência contra a pessoa, como assassinatos e ameaças; e as violações por omissão do poder público, como desassistência nas áreas da saúde e da educação, mortalidade na infância e suicídios.

Com dados referentes a 2020, esta edição do Relatório reflete a realidade dos povos indígenas durante o segundo ano do governo de Jair Bolsonaro e apresenta também análises sobre as violações contra seus direitos em meio à pandemia de Covid-19.

Neste ano, o lançamento do Relatório de Violência conta com a participação de duas lideranças indígenas: Ernestina Afonso de Souza, liderança do povo Macuxi, da Terra Indígena (TI) Raposa Serra do Sol, em Roraima; e Dário Vitório Kopenawa Yanomami, liderança do povo Yanomami e vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY). Ambos irão trazer a realidade de seus povos e territórios, afetados pela violência e por invasões possessórias, especialmente ligadas ao garimpo ilegal, assim como suas lutas e estratégias de resistência diante deste cenário.

A apresentação do Relatório com os dados de 2020 foi realizada pelos organizadores da publicação: Lucia Rangel, organizadora do relatório, assessora antropológica do Cimi; e Roberto Liebgott, organizador do relatório, coordenador do Cimi Regional Sul. Com a participação: do presidente do Cimi e arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi; do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo; do secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella; do secretário executivo do Cimi, Antônio Eduardo Cerqueira.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Cimi

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