Solidariedade com os povos amazônicos frente a pandemia da Covid-19

A Rede Eclesial Pan-amazônica juntamente com a Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica, realiza campanha em prol da luta indígena pelo direito à saúde global

Por Redação

A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) lançou um pedido de ajuda para enfrentar a catastrófica situação vivida nas últimas semanas entre os povos da Amazônia. A mensagem de solidariedade aos povos amazônicos emitida no dia 18 deste mês, diz:

“Nos últimos meses, um aumento alarmante no número de infecções e mortes causadas por Covid-19 foi observado em toda a região Pan-Amazônica”. Isso é consequência, segundo a mensagem, das "deficiências do sistema de saúde", devido à "falta de leitos nos hospitais, oxigênio e dispositivos de proteção", efeito da pobreza e das desigualdades sociais.

A situação em Manaus e no estado brasileiro do Amazonas, onde cerca de 5.000 pessoas morreram oficialmente neste ano, é um motivo para denunciar "a ausência de políticas públicas de saúde eficientes".

A mensagem inclui o mapeamento que a REPAM vem fazendo desde 17 de março de 2020, que em seu último relatório semanal atingiu 2.025.223 casos confirmados e 50.364 mortes por coronavírus na Pan-Amazônia, situação que se agravou radicalmente nos últimos dois meses.

Segundo a agência Fides, a Igreja Católica é a principal protagonista na distribuição de ações de ajuda e prevenção em favor dos mais fracos e das comunidades negligenciadas pelos governos da região amazônica.

A REPAM em sua mensagem reconhece “o esforço e a dedicação da Igreja Católica presente na Amazônia em ações emergenciais de ajuda humanitária, a fim de ajudar a amenizar os efeitos da segunda onda da pandemia”. O Papa Francisco participa com “sua oração, solidariedade e proximidade”, assim como muitas pessoas “que oferecem trabalho e recursos econômicos para cuidar dos outros”.

A REPAM destaca o trabalho conjunto com a Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), à qual aderiram "na realização da campanha O Grito da Selva – Vozes da Amazônia’, que será lançada no dia 26 e 27 às 15h, com o 'objetivo de fortalecer a luta dos povos indígenas pelo direito à saúde global”.

Por isso pedem aos governos “que não meçam esforços para a compra e distribuição de vacinas para a região amazônica”, a pedido do Papa Francisco.

O presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM, Card. Pedro Barreto SJ,
faz um convite para a participação no evento, acompanhe.

"A segunda onda da Pandemia da Covid-19 avança inexoravelmente em toda a humanidade e de maneira especial no território amazônico e os povos indígenas são afetados gravemente.
Há também outras pandemias, a pandemia do extrativismo, a pandemia da corrupção, e de outros aspectos que afetam diretamente estas comunidades indígenas.
Portanto, as organizações dos povos indígenas irão promover um evento muito importante com o tema O Grito da Selva – Vozes da Amazônia.
Este evento analisará as propostas para combater estes acontecimentos tão duros e difíceis como a pandemia da covid-19 como também outras pandemias. Este evento se realizará entre os dias 26 e 27 de fevereiro. Una-se a esta campanha, a rede eclesial Pan-amazônica está comprometida com a Amazônia."

Fonte: Com informações da Agência Fides e REPAM

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