Mensagem de dom Roberto Paz para o Dia Mundial da Saúde

Por um Sistema Único de Saúde voltado para o povo brasileiro, livre de mercantilização.

Por Assessoria de Imprensa

No marco do 8 de abril, Dia Mundial da Saúde, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o projeto Direitos Sociais e Saúde: Fortalecendo a Cidadania e a Incidência Política e a Pastoral da Saúde Nacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançam mensagem em defesa da saúde pública, por um Sistema Único de Saúde voltado para o povo brasileiro, livre de mercantilização.

saude36"O XIII Fórum Social Mundial em Salvador denunciou e mostrou às claras o processo hegemônico do capital rentista e parasita que subtrai fundos públicos para os negócios especulativos do setor privado e, nesta tendência perversa, a saúde se torna mercadoria, acalentando a indústria dos planos de securitização para o consumo de quem possa pagar", destaca a nota assinada por Dom Roberto Paz, bispo referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Abaixo, a nota completa.

Mensagem de Dom Roberto Paz, Bispo Referencial da Pastoral da Saúde, para o Dia Mundial da Saúde

Na comemoração que a OMS adotou para assumirmos uma consciência mais abrangente e plena do que significa a saúde como estado de bem-estar físico, mental, socioambiental e espiritual, somos convidados a refletir e comprometermos com a defesa da saúde pública e nessa linha com o resgate e fortalecimento do SUS. O XIII Fórum Social Mundial em Salvador denunciou e mostrou às claras o processo hegemônico do capital rentista e parasita que subtrai fundos públicos para os negócios especulativos do setor privado e, nesta tendência perversa, a saúde se torna mercadoria, acalentando a indústria dos planos de securitização para o consumo de quem possa pagar.

Assim acontece a desoneração e renúncia fiscal das empresas que assumirem planos corporativos parapastoraldasaude1 seus funcionários. O SUS vem sofrendo o desmonte sistemático via a precarização e desfinanciamento de seus recursos que cada vez faltam mais, tornando unidades básicas de atendimento e hospitais incapazes de cumprir minimamente a sua função. É inaceitável e indigno conviver com a mistanásia social, com os corredores do descaso e da morte. Devemos passar do SUS vivido hoje ao SUS pensado e desejado, previsto na Constituição e nas suas leis fundantes que garantem um atendimento público, universal, igualitário como direito de cidadania a toda população brasileira.

Por isso torna-se necessário avivar e recriar o sonho que animou o movimento sanitarista e outros coletivos, junto à Pastoral da Saúde, para exigir e fazer acontecer a saúde integral como direito dos cidadãos e dever do Estado. Este ano voltaremos às urnas para escolhermos o presidente, governador, senador, e deputados federais e estaduais; sem dúvida o comprometimento dos candidatos com uma seguridade social que invista no SUS, na Assistência Social (SUAS) e no respeito à Previdência contra toda reforma regressiva será um dos critérios fundamentais para o apoio e discernimento, visando construir uma Democracia viva, plena e inclusiva, com a participação do povo.

Nenhum passo atrás ou direito a menos. Que a defesa e a reconstrução do SUS como ele foi cogitado pelo grandioso mutirão popular que conseguiu esta conquista que tanto nos orgulha, seja ponto de honra para todos (as) os fiéis cristãos, que animam e enobrecem nossa Pastoral da Saúde. Para que neste Ano Nacional do Laicato façam a diferença, caminhando juntos, lado a lado, com o povo sofrido. Que a memória de tantos leigos e leigas, como Santa Giana Berea Mola e Zilda Arns, nos impulsionem a dar o melhor de nós mesmos e que Jesus, nosso Irmão e Salvador, nos conduza sempre a testemunhar e construir na história que vivemos o seu Reino, de vida, saúde, paz e justiça para todos (as)!

Fonte: Projeto Direitos Sociais e Saúde: Fortalecendo a Cidadania e a Incidência Política.

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