Missionários da Consolata avaliam sua atuação no Brasil

Jaime C. Patias

Os missionários da Consolata no Brasil estão reunidos em São Paulo, desde terça-feira, dia 17 de julho, para a sua XI Conferência Regional. A reunião máxima da congregação no Brasil acontece a cada seis anos, com a finalidade de atualizar as diretrizes e propostas vindas do Capítulo Geral (o último foi realizado em junho de 2011, em Roma, Itália).

A Conferência abriu seus trabalhos com missa presidida pelo Pe. Elio Rama, Superior Regional do IMC no Brasil. "Estamos reunidos como os Apóstolos. Eles priorizaram a oração na intimidade com Deus e no amor a Jesus Cristo. Colocavam no centro a Palavra de Deus que ilumina o caminho da Missão". O padre Superior destacou também a importância do Espírito Santo para buscar e compreender a Verdade Total. "O Espírito Santo age nos corações para tomar decisões em atitude de humildade e confiança na Missão que Jesus nos confia".

Após a apresentação dos relatórios sobre as atividades da Direção Regional e das várias secretarias, guiados pelo documento de trabalho, que reúne contribuições vindas das diversas comunidades IMC, os membros da Conferência se debruçam sobre os temas da Identidade e Carisma, Missão, Animação Missionária Vocacional, a organização do Instituto no Brasil, a formação, os leigos e a economia, a comunicação, entre outros. O objetivo é fazer escolhas que ajudem os missionários a permanecerem fiéis ao carisma da Missão Ad Gentes além-fronteiras segundo o espírito do Fundador, o Bem-Aventurado José Allamano.

Participam da Conferência 50 missionários, entre padres, irmãos e leigos, estes últimos, pela primeira vez em um encontro deste porte. Está presente também, o Vice-Superior Geral, Pe. Dietrich Pendawazima, o Conselheiro Geral, Pe. Salvador Medina e o Administrador Geral, Pe. Rinaldo Cogliati, vindos de Roma. Ao falar sobre o trabalho do IMC no Continente (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Venezuela, México, Canadá e Estados Unidos), padre Pendawazima (foto) destacou a importância da unidade nos diversos aspectos da Missão. "É bom fazer um esforço para entender o caminho da continentalidade que fizemos até agora, ver as coisas novas que nasceram no Capítulo Geral como por exemplo, a formulação de um projeto missionário continental", destacou padre Dietrich. Para ele a Missão no México, iniciada e mantida pelas várias Províncias IMC no Continente, é fruto do caminho continental. Nesta nova modalidade, a distribuição do pessoal, as especializações e o projeto de Missão são algumas das tarefas do conselho continental, a ser formado em breve.

"A continentalidade é um conceito que não pertence ao Instituto, mas aos povos e à sociedade civil que se une no continente para enfrentar seus problemas. Nós também devemos entrar nesta dinâmica", afirmou Padre Salvador Medina. "A própria Igreja no continente trabalha unida através do CELAM - Conferência Episcopal Latino-Americana, os religiosos com a CLAR - Conferência Latino-Americana dos Religiosos, as organizações indígenas e as CEBs, além dos organismos da sociedade civil e de Estado. Isso nos leva a seguir o mesmo espírito de unidade continental para que as Regiões do IMC sejam corresponsáveis na Missão vivida num ambiente comum", concluiu o Conselheiro Geral responsável de articular os trabalhos do IMC no Continente.

Os trabalhos da Conferência se estendem até dia 24 de julho, terça-feira, quando será aprovado o Documento com as prioridades e propostas operativas que deverão orientar os missionários da Consolata no Brasil, nos próximos seis anos.

A Congregação fundada em Turim, no norte da Itália, em 1901, conta hoje com mais de mil membros provenientes de 21 países e trabalhando em quatro continentes.

Fonte: Revista Missões

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