Representantes da Igreja participam da Cúpula dos Povos e da Rio+20

Jaime C. Patias, Cúpula dos Povos na Rio+20

A Igreja Católica participa da Cúpula dos Povos e também do evento principal da Rio+20, que reunirá nos dias 20 a 22, chefes de Estado de 193 países. Dom Guilherme Werlang presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB, está no Rio de Janeiro e explica que o primeiro compromisso da Igreja Católica é participar da Cúpula dos Povos. "Estive em vários debates e senti de perto os anseios do povo. Como Igreja, muitas vezes, somos protagonistas, mas precisamos ouvir e ver. Deus ouviu o grito do povo escravo no Egito e desceu para libertar. A ação da Igreja não parte de bibliotecas ou de laboratórios. Ela tem que partir dos sofrimentos, das esperanças, das festas da nossa gente. Por isso a CNBB se faz presente junto à Cúpula dos Povos através de algumas de suas comissões pastorais".

Dom Guilherme destaca também que, pela representatividade e seriedade dos debates, a Igreja precisa sentar também com os chefes de Estado, "com aqueles que dizem que decidem as coisas. E a pressão popular que eles recebem das bases é muito grande". Dom Guilherme e dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda, representarão a CNBB na Rio+20.

"A Igreja está no mundo e é nele que devemos construir a justiça social para todos. É defesa da vida deste mundo que nós temos de discutir junto aos presidentes, aos donos do poder econômico, discutir o que significa progresso e desenvolvimento, questionar esse modelo de capitalismo que mercantiliza tudo. Não é porque não concordamos com parte do documento que não devemos participar", avalia dom Guilherme.

Conforme já foi noticiado, também o Vaticano participa com uma delegação chefiada pelo Cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, que representar o papa Bento XVI. Fazem parte da delegação ainda o Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, dom Francis Chullikatt e três colaboradores: padre Philip J. Bené, padre Justin Wylie e o advogado Lucas Swanepoel.

 

Fonte: Revista Missões

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