Animação missionária em Guapiara

Victor Mbesi Wafula

A Equipe de Animação Missionária e Vocacional (AMV) dos missionários e das missionárias da Consolata esteve presente entre os dias 15 e 16 de setembro na paróquia de São José, Guapiara, diocese de Itapeva, a 370 km da capital de São Paulo. Padre Domingos Forte, animador vocacional e diretor do Centro de Animação Missionária José Allamano, os seminaristas Dani Romero e Victor Wafula, as irmãs Hortência Novais e Dóris, e um jovem missionário da Consolata, Flávio Caetano, participaram desta experiência missionária, considerada muito proveitosa.

No sábado, dia 15, houve uma vigília missionária, iniciada com a procissão da Cruz da JMJ e o ícone de Nossa Senhora, que contou com a presença de mais de 200 jovens. Na dinâmica penitencial, todos refletiram sobre os empecilhos que a sociedade apresenta e que atrapalham a vivência cristã. Cada jovem recebeu uma folha de papel e uma caneta e escreveu sobre os bloqueios e obstáculos que impedem ou dificultam esta vivência. Humildemente, cada um dirigiu-se ao pé da Cruz da JMJ onde depositou os "pecados" escritos.

Na alegria do perdão, os jovens acolheram a Palavra de Deus, cujo tema principal foi em torno de duas perguntas: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna? (Lc 10, 25) e "E quem é meu próximo?" (Lc 10, 29). Na sua reflexão, padre Domingos fez soar fortemente as palavras do Evangelho, referindo-se a esse "certo homem" cuja vida foi ferida, jogada, injustiçada e mesmo assim, muitos passaram ao lado, como se não tivesse acontecido nada. Fez um apelo para levarmos em consideração quantos na nossa sociedade estão jogados, injustiçados, feridos, desumanizados e ninguém levanta a voz. Se quisermos a vida plena, temos que amar esta vida e dar valor a ela. Somos chamados a viver e a defender a vida, tanto a nossa, como a dos outros. O Samaritano, o único, segundo relata Lucas, que viu, parou, aproximou-se, abaixou-se, tocou e levou o homem meio morto para ser cuidado, nos mostra que só sofre com os que sofrem, quem verdadeiramente ama. Esse gesto concretiza-se de modo sublime na pessoa de Jesus, que se abaixou, tocou as feridas da humanidade, e para redimi-la, tinha que passar pela cruz. Os jovens foram convidados a serem sensíveis às diversas situações que se apresentam no cotidiano. Dessa forma, serão capazes de mudar a história tanto deles quanto a dos demais, especialmente os necessitados, pois, o bem se difunde.

Foi significativo o momento de testemunho da irmã Hortência Novais. Relatando um pouco do que tem sido o seu chamado até à vida religiosa, percebeu-se nitidamente que toda caminhada tem sido uma série de escolhas. Contudo, foi feito um convite aos jovens presentes a estarem atentos aos sinais dos tempos, especialmente ao que Deus quer na vida de cada um. É um ato de coragem renunciar tudo por amor a Deus e aos irmãos. A vigília missionária encerrou-se com a adoração ao Deus que se abaixa e toca a realidade do homem. Eis o grande amor que Deus tem para conosco: se tornar presente em todo lugar e em todo tempo, e até no fim dos tempos!

Na manhã do domingo, 16, a celebração eucarística começou cedo, às 5h00. Com o seu término, iniciou-se a romaria, que percorreu 18 km. Foi uma caminhada de oração, de reflexão e de gratidão. O caminho caracterizou-se pelos momentos de pausas onde se lia um trecho do Evangelho e se fazia uma reflexão. A caminhada foi um gesto concreto e visível da nossa vida cotidiana, da nossa caminhada interior que se caracteriza pelos cansaços, desânimos, e aridez. No entanto, alimentando-nos da Palavra de Deus, nos fortalecemos e nossa fé é revigorada. A caminhada terminou no Santuário Nossa Senhora d'Ajuda, onde a missa foi presidida por dom José Moreira de Melo, bispo da diocese de Itapeva.

A experiência missionária foi um sucesso graças à abertura, a oportunidade e apoio que os padres diocesanos Pedro Martins e Júnior concederam à Equipe. A AMV tem como prioridade o despertar da consciência missionária, não só na Pastoral da Juventude, mas também na Igreja local e, sobretudo, em vista do evento da Jornada Mundial de Juventude no Rio de Janeiro em 2013.

Fonte: Victor Mbesi Wafula / Revista Missões

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