Congresso da CPT recorda mártires da luta pela terra

Por Comunicação CPT

Reunidos desde segunda-feira, 13, para o IV Congresso Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), realizado no campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir), em Porto Velho (RO), camponeses, indígenas, agentes pastorais e militantes de movimentos sociais, de todas as regiões do Brasil, lembrarão nesta quinta-feira, 16, os mártires que morreram em consequência da violência do campo brasileiro. O evento prosseguirá até amanhã, 17 de julho.

Os presentes irão às margens do Rio Madeira, na Comunidade Santo Antônio, fazendo memória aos mortos na luta pela terra. Nos últimos 30 anos, o Centro de Documentação da CPT Dom Tomás Balduino, que publica anualmente, desde 1985, o relatório "Conflitos no Campo Brasil", registrou mais de 29 mil ocorrências de conflitos e o assassinato de 1.612 trabalhadores e trabalhadoras, lideranças, apoiadores da luta e comunidades tradicionais.

Participarão do momento o bispo de Balsas (MA) e presidente da CPT, dom Enemésio Lazzaris; o bispo de Ruy Barbosa (MA) e vice-presidente da CPT, dom André de Witte; o bispo de Guajará Mirim (RO) e administrador apostólico da diocese de Porto Velho (RO), dom Benedito Araujo; e ainda dom Nicolau, da Igreja Ortodoxa Grega de São Paulo, entre outros religiosos e representantes de várias Igrejas.

Experiências

Na quarta-feira, 15, foram apresentadas várias experiências que simbolizam os enfrentamentos dos povos tradicionais indígenas e camponeses diante do Estado e do latifúndio. Comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária e pequenos agricultores reproduziram na plenária verdadeiras cenas de enfrentamento que passam cotidianamente em seus territórios.

Segundo a equipe de comunicação do Congresso, as experiências e estratégias de lutas apresentadas pelos participantes confirmam as violações sofridas historicamente pelos camponeses em grande parte do Brasil, pois os projetos desenvolvimentistas implementados a qualquer custo desconsideram as comunidades camponesas e afetam suas existências, permanências e culturas em seus territórios.

 

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