Festa do padroeiro do Arquidiocese de São Paulo

Joaquim Ferreira Gonçalves

São Paulo, chamado Apóstolo dos  Gentios, é o padroeiro da Arquidiocese de São Paulo e a denominação do maior Estado Populacional do Brasil. Hoje, dia 25 de janeiro, a igreja católica celebra a festa da Conversão do Apóstolo, simbolizada na queda do cavalo quando viajava com outros companheiros para Damasco em busca de cristãos para os perseguir.

Nesta manhã, às 9 horas, quando uma equipe da TV Canção Nova e as rádios estavam prontas, o coral da Capela da Catedral entoava o canto inicial da missa, começavam a entrar os padres, precedidos  por acólitos e  diáconos e seguidos por bispos e finalmente pelo Cardeal Arcebispo, dom Odilo Pedro Scherer. Eram cerca de 15 os diáconos, 150 sacerdotes e 10 bispos, entre eles o cardeal Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo.

Nos primeiros bancos encontravam-se o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin com a esposa e o prefeito Fernando Haddad e sua esposa.  Outras autoridades civis e militares quiseram participar no ato religioso. Participaram também autoridades religiosas de outras igrejas cristãs, a Ortodoxa e Arménia.

Depois de saudar o povo reunido, dom Odilo convidou o prefeito para dizer uma palavra. Ele agradeceu o convite,  parabenizou a igreja por celebrar esta data tão importante para a cidade e mostrou sua confiança para melhorar a vida nesta grande metrópole.

Em seguida foi dada a palavra ao governador Alckmin que fez também seu agradecimento e manifestou sua alegria em participar na festa comemorativa dos 159 anos de fundação da cidade. Ele sublinhou a projeção mundial desta megalópole por causa de ser um exemplo de união de povos e de raças. "Aqui se convive com todas as raças e línguas", afirmou.

Em seguida dom Odilo fez a acolhida geral, começando pelos bispos, os padres e todos os leigos, inclusive todos os que assistiam a celebração pela TV ou acompanhavam pela rádio. Saudou de modo especial  os representantes de outras igrejas, deputados e senadores presentes. Fez uma referência especial à Dra Ana Cintra, atual reitora da PUC/SP.

Na homilia, dom Odilo quis frisar alguns elementos importantes da história da cidade, que começou com a instalação de uma comunidade missionária dos Jesuítas e uma escola para o povo indígena.

Depois deu alguns ensinamentos sobre São Paulo, o padroeiro, sublinhando a sua conversão dramática e sua dedicação total para ao anúncio de Cristo para todos os povos. Convidou todas as pessoas a melhorar dia a dia sua convivência para tornar esta cidade mais humana e pacífica. "Nossa fé não nos aliena, pelo contrário nos envolve nos problema s e desafios". Depois fez algumas referências importantes ao novo plano pastoral.

As cidades, desde o tempo dos Apóstolos, sempre foram um desafio para a evangelização. Cristo envia para testemunhar de muitas formas e com todos os meios possíveis e compatíveis. Neste ano da fé temos a oportunidade para nos deixarmos apaixonar como São Paulo e dar um testemunho intenso e convincente de nossa fé.

Também  Paulo ficou cego quando se converteu, mas depois começou a ver novos horizontes. A fé não se baseia em critérios puramente morais ou éticos, mas na pessoa de Jesus. Precisamos deixar que ele fale em nossa vida, dizendo o como Paulo: "fala, Senhor". Nossa missão é irradiar a luz de Cristo de muitas maneiras nesta grande cidade.

Na hora da profissão de fé, o cardeal convidou a rezar o credo com verdade e compromisso para sermos discípulos e missionários hoje, neste ano da fé.  Antes da despedia e da bênção final, dom Odilo entregou o plano pastoral a todos as lideranças das pastorais organizadas, movimentos e associações religiosas (cerca de 30), inclusive a professora Cintra, atual reitora da PUC. A missa terminou como com a bênção, precedida da oração ao padroeiro.

Na saída da catedral uma surpresa: na porta que dá acesso ao estacionamento dos carros das autoridades estava um grupos de manifestantes com faixas e placas em protestos conta o governador Alckmin. E gritavam com grande força. Eram  membros das  famílias dos policiais assassinados em São Paulo, protestando por causa da falta de resposta de assistência às famílias.

As autoridades tiveram que buscar outra saída ou esperar que se dispersassem. Ao  lado do grupo estava a polícia sem intervir.

Fonte: Revista Missões

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