Dia de formação em Três Lagoas, MS, faz reflexão sobre identidade missionária

Cecília de Paiva

Durante o Dia Mundial das Missões, 21 de outubro, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Paranaíba, MS, foi sede de encontro de formação missionária para cerca de 70 missionários e missionárias, entre leigos e leigas, religiosos e religiosas da diocese de Três Lagoas, MS, Regional Oeste 1, da CNBB.

Sob assessoria do padre Ubajara Paz de Figueiredo, representantes das cidades de Aparecida do Taboado, Paranaíba, Três Lagoas e Água Clara tiveram como refletir sobre o Protagonismo da Missão e o Espírito Missionário dos grandes eventos da Igreja, com destaque para o 3º Congresso Missionário Nacional, realizado em julho de 2012, em Palmas, em preparação ao CAM 4 - COMLA 9 (Congresso Missionário Americano e Congresso Missionário Latino-Americano - 2013).

O Evangelho da Transfiguração (Lc 9, 28) marcou o início dos trabalhos, com leitura orante do casal Eloy e Laura, de Três Lagoas, os quais evidenciaram a necessidade de dispor o coração em toda participação da Igreja, de maneira que, seja em pastorais ou serviços, ter preparação e buscar o amadurecimento na fé em encontros como este e na leitura constante da Palavra. Para Laura, "quem atua na Igreja já sabe a quem recorrer e pedir ajuda. Mas e quem está sem receber o Anúncio? Por que ficar parado, dentro das paróquias, com tantos irmãos gritando por uma palavra que lhes diga "confie, a partir de hoje estarei orando por você?" Como ser omisso e ficar em volta do aquário, com tantas águas profundas à espera? questionou.

Na assessoria de padre Ubajara Paz de Figueiredo, a abordagem principal foi o protagonismo da missão, trazendo novos questionamentos: "Quantos de nós está cultivando total intimidade com Jesus Cristo? É uma intimidade feita de água e açúcar que só serve para adoçar?" Padre Ubajara prosseguiu dizendo que, quando vê tantas pessoas indo comungar, às vezes "fica de cabelo arrepiado" e se pergunta se "realmente comungam ou estão apenas colocando a mão na hóstia?" Para ele, "se apenas papam as hóstias, praticam a missão água e açúcar, em vez de cumprir o mandato recebido por Cristo como Apóstolos: "Ide por todo o mundo e proclamai a boa nova a toda criatura" (Mc 16,15), complementou o assessor para realçar o compromisso de discípulos missionários.

Depois disso, os presentes começaram a dialogar com a pessoa ao lado, partilhando suas reflexões, a exemplo do que fez o casal Célia e Edson, realçando a importância de se ter a Palavra para enfrentar as dificuldades. Da reflexão conjunta, padre Ubajara convidou todos a "descobrir a nossa identidade peregrina, e que continua lá no céu. Isso é tão forte que Paulo, na Carta as Efésios (2) diz que somos cidadãos dos céus. Ninguém vai para o céu como se fosse a um hotel. É a nossa cidadania, que é como um RG: se a missionaridade não fosse como a identidade da Igreja, estaríamos aqui perdendo tempo e fazendo despesa à toa", disse padre Ubajara, reforçando o sentido da capacitação para a missão alicerçada na palavra, voltada para a comunhão. Fazer a partilha da fé com "a família, vizinhança, seu Chiquinho, seu Zé, com o vizinho destes. E com as gentes desconhecidas, fazê-las conhecidas. Porque fortalecer a comunhão dá mais força e dinamismo para que a missão se expanda", completou, passando a palavra para a representante da Imprensa Missionária, dando continuidade ao tema pelo repasse dos acontecimentos e reflexões feitas em Palmas, no 3º CMN.

Fonte: Cecília de Paiva / Revista Missões

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