Praça da Sé reúne jovens e crianças para exigir o fim de abuso e exploração sexual

Mário de Carli

Com o lema: "Esquecer é permitir, Lembrar é combater", realizou-se nesta terça, 18, na Praça da Sé, em São Paulo, mais uma manifestação para marcar o "Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes". Centenas de crianças e jovens oriundos da favela Santa Inês e da região Ermelino Matarazzo pediram o fim da violência.

"Estamos aqui para combater a violência doméstica, os abusos sexuais e ajudar as pessoas para que a violência termine no Brasil e que diminuam os abusos sexuais contra as crianças e adolescentes. Há muitas pessoas sofrendo, trabalhadores e crianças são mortos. Isso deve terminar", disse um jovem entre os manifestantes.

A presença de adolescentes e crianças neste 2º evento foi maior do que o ano passado. Elizabete que veio da Brasilândia afirmou "que esta manifestação foi organizada por ONGs, por estudantes e mães ou pessoas que experimentaram o problema na família, como é o meu caso, onde minha família há duas gerações enfrenta isso, mas que a justiça é lenta. Eu não acredito na CPI da Pedofilia", dasabafou. De outro lado, lembra o seu tempo de família feita na disciplina e seriedade em que a Igreja dava mais apoio à família. Para ela "é preciso investir muito na família - uma fonte de amor e educação dos filhos".

Outra senhora, que não quis se identificar afirmou que "esta manifestação é uma denúncia deste mal no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, para que a sociedade tome conhecimento do grave problema e as devidas medidas no combate deste mal", disse.

O som dos instrumentos musicais e dos Atabaques fez-se ouvir alto na Praça da Sé. As vozes vieram das crianças e dos adolescentes - que eram cerca de 800 repetindo o refrão: "Hão, hão, pedofilia não!" convidando as pessoas a juntarem-se a elas na caminhada em direção ao Vale do Anhangabaú. Enquanto isso distribuíram bandeirinhas com o convite de assumir este grande desafio em prol de uma sociedade que respeite a vida e a dignidade das crianças e adolescentes.

Fonte: Revista Missões

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